Vai gripe no capuccino?

Já que o Sarney não sai, Alencar não morre e a Coréia não explode, a Gripe A volta às pautas dos telejornais. Mesmo com índice de letalidade abaixo da metade do da gripe comum, o Influenza A/H1N1 é o mote da nossa atual crise de pânico televisiva. Acredita-se que o vírus seja uma espécie de fusão entre os tipos de gripe aviária, suína e humana, mas enquanto isso as varas dos abatedouros enchem as telas. Talvez ver o animal desentranhado ou desviscerado nos seja reconfortante. Sabe-se que os vírus se multiplicam com mais facilidade no calor, mas segundo Osny Martins, aqui no sul corremos mais risco por conta do frio. O vírus não se propaga pelo ar mas, conforme a Globo, use máscaras. Mais de 90% dos casos são tratáveis como gripe comum nos ambulatórios, mas sigamos a Record e vamos criticar a centralização dos seis casos de internação. Entre isso tudo, à velocidade de 15 minutos por hora, somos induzidos a auto-medicação sob os alardes das panacéias miraculosas dos comerciais de remédios contra gripe.