E para manter o formato Burnett no Brasil, junto de Eliana, o boneco de cera Roberto Justus também se encaminha ao SBT. E para sua apresentação, com as justas honras que lhe são devidas, o paladino mostrou seus dotes musicais mais uma vez no programa da Hebe. Me neguei a assistir, me bastou o anúncio, mas para tal petardo televisivo vale a reprodução da crítica ao álbum de Justus, Só entre nós, da Revista Piauí de julho de 2008.
"Com o envolvente 'Só entre nós', em que rubati apolíneos se mesclam com accelerandi rodopiantes, Roberto Justus lança o CD do ano. (...) Certeiro como um raio desferido por Zeus, Justus atinge as semicolcheias onde elas merecem: na testa. À diferença de muitos intérpretes facilitadores, que tendem a exagerar o sentimentalismo rebarbativo, ele é econômico. (...) Justus - esse eterno menino peralta - se dá ao fausto de fazer estrepolias com as palavras, estapeando-as para lá e para cá como se fossem vagabundas ou petecas. (...) Mas não nos enganemos: nos interstícios de seus trinados, é possível entrever a infância difícil (a inveja dos amiguinhos por ser dono da bola e do campo), a mocidade de doutos estudos (das obras completas de Lya Luft, lidas da primeira à sexta página), a laboriosa porfia na maturidade (para deitar Adriane Galisteu sobre lençóis Santista) e as eternas indagações estéticas que lhe rondam a augusta fonte ("A manicure já chegou?"). É por isso que 'Só entre Nós' já nasce clássico."
"Com o envolvente 'Só entre nós', em que rubati apolíneos se mesclam com accelerandi rodopiantes, Roberto Justus lança o CD do ano. (...) Certeiro como um raio desferido por Zeus, Justus atinge as semicolcheias onde elas merecem: na testa. À diferença de muitos intérpretes facilitadores, que tendem a exagerar o sentimentalismo rebarbativo, ele é econômico. (...) Justus - esse eterno menino peralta - se dá ao fausto de fazer estrepolias com as palavras, estapeando-as para lá e para cá como se fossem vagabundas ou petecas. (...) Mas não nos enganemos: nos interstícios de seus trinados, é possível entrever a infância difícil (a inveja dos amiguinhos por ser dono da bola e do campo), a mocidade de doutos estudos (das obras completas de Lya Luft, lidas da primeira à sexta página), a laboriosa porfia na maturidade (para deitar Adriane Galisteu sobre lençóis Santista) e as eternas indagações estéticas que lhe rondam a augusta fonte ("A manicure já chegou?"). É por isso que 'Só entre Nós' já nasce clássico."
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