Segundo artigo da revista Le Monde Diplomatique, de junho passado, o novo vírus tem endereço. O primeiro caso diagnosticado da doença e a primeira morte em decorrência dela, vem do povoado de La Gloria, no estado mexicano de Veracruz. Nesta região fica uma filial de uma das maiores empresas frigoríficas suínas do mundo, a Granjas Carrol, filial da Smithfield Foods. Com o faturamento em torno dos US$12 bilhões, a Smithfield é a terceitra companhia americana mais poderosa na produção de alimentos. A companhia possui mais de 200 chiqueiros no vale do Perote, no México. Segundo os habitantes, em péssimas condições sanitárias os porcos são enjaulados até atingirem o peso de 120kg, rodeados de montanhas de excremento e sujeira. O dejetos fecais de suas granjas de porcos seriam despejados em lagoas de oxidação, de onde emanam nuvens de moscas e que já geraram uma epidemia de infecções respiratórias. Lá são encontrados também biodigestores, onde são jogados os cadáveres de porcos enfermos, contaminando o lençol freático. Nestes locais, presume-se que o vírus A tenha passado de porcos para os humanos entre novembro de 2008 e janeiro de 2009.
One response to “Quem é o dono do porco?”
Lembrei da frase do Gabriel: "Lugar de gente chique é no chiqueiro.". Ainda bem que o vírus é cosmopolita, e não faz distinção de classe social. Uma provável manipulação do vírus por laboratórios farmacêuticos é um tiro que pode sair pela culatra, ainda que eu acredite que eles não sejam capaz de ousar tanto (eu sou um pouco otimista) prefiro acreditar que a evolução do vírus tenha sido natural. Embora alguns grandes laboratórios beneficiem-se rápida e diretamente como a Roche, fabricante do TAMIFLU e a Novartis, que se pronunciou dizendo já ter uma vacina para a famigerada gripe apenas 2 meses depois do anúncio dos primeiros casos (levanta suspeitas, mas isso pode ser devaneio).
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